Com a demanda reprimida ao longo dos meses de pandemia, a retomada do turismo corporativo começa a ganhar fôlego, amparada na volta dos eventos e rodadas de negócios.
Os impactos causados pela pandemia provocada pelo novo Coronavírus impactou de forma profunda praticamente todos os setores da economia e, um dos primeiros setores a sofrer as consequências foi o de viagens.
Para se ter uma ideia, entre os meses de março e novembro de 2020, o mercado de eventos e viagens corporativas registrou um prejuízo de R$ 49 bilhões, segundo dados da Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).
Apesar do cenário, já é possível vislumbrar a possibilidade de uma retomada do setor.
De acordo com o último relatório realizado pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), em setembro, o setor registrou 96% de aumento no faturamento, se comparado ao mesmo período de 2020.
Este percentual representa o montante de R$ 453,4 milhões injetados na economia.
Em média, o turista brasileiro que viaja fazendo uso desta modalidade tem por hábito realizar de duas a três viagens nacionais de negócios anualmente, com duração média de dois a três dias. Já os gastos com a viagem giram em torno de R$ 1 mil e R$ 3 mil.
Embora ainda distante dos patamares pré-crise sanitária, os números animam o mercado e fortalecem a organização de roteiros e agendas para a consolidação do reaquecimento do setor em 2022 .
Pesquisa aponta que viagem a trabalho é essencial nos negócios
De acordo com a pesquisa Insights para o Turismo – Viagens Corporativas, da TRVL Lab Elo, lançada, em 2020, por uma das principais empresas brasileiras de tecnologia de pagamentos, 61,59% dos entrevistados pensam que viajar a trabalho é essencial para a realização de negócios.
Outro dado expressivo obtido por meio do levantamento aponta que 70% das pessoas que viajam a serviço aproveitam a oportunidade para conhecer lugares novos a partir desta oportunidade.
Neste período, foi registrado também um aumento do turismo de negócios atrelado ao turismo de lazer, ou bleisure.
Cerca de 42,8% dos turistas corporativos revelaram querer conhecer um lugar novo durante uma viagem a trabalho.
Turismo corporativo precisa se adaptar a nova realidade
Apesar dos índices de contágio estarem controlados e as condições sanitárias estar dando sinais positivos devido ao fato de que mais de 144 milhões de brasileiros já foram totalmente imunizados, é cada vez mais nítida a necessidade de adaptação às novas formas de turismo corporativo.
Selo Turismo Responsável
O Ministério do Turismo disponibiliza, desde o ano passado, protocolos com boas práticas de higienização para organizadoras de eventos, centros ou locais de Convenções, feiras, exposições e similares, casas de espetáculos, entre outros.
A medida é um incentivo para que os consumidores se sintam seguros ao viajar e frequentar locais que cumpram protocolos específicos para a prevenção da Covid-19, posicionando o Brasil como um destino protegido e responsável.